Em 24 de abril de 2025, Wilton Prado, conhecido como zews, ex-treinador e jogador profissional de Counter-Strike com passagens por SK Gaming e Team Liquid, onde conquistou o Intel Grand Slam em 2019, publicou um post polêmico no X que gerou amplo debate na comunidade de esports. No post, zews critica a paiN Gaming, uma das maiores organizações de esports do Brasil, pela forma como conduziu a negociação da transferência de Felipe “skullz” Medeiros para a Team Liquid em 2024. Ele alega que a paiN exigiu que o jovem jogador pagasse parte da multa de US$ 600 mil (R$ 3 milhões) do próprio bolso, levantando questões éticas sobre o mercado de transferências no esports brasileiro. Este artigo detalha o post de zews, suas respostas complementares, o contexto da situação e o impacto na comunidade brasileira, com base em fontes confiáveis e discussões no X.
Zews, que trabalhou com a paiN até 2024, postou no X às 23:00 de 24 de abril de 2025, criticando a organização: “paiN tá anos luz à frente do resto no business. FURIA, MIBR, Legacy… tão jogando War enquanto eles tão no xadrez 4D. Mas só quem viu de dentro sabe o preço que cobram. Fizeram o Skullz pagar premiação DO PRÓPRIO BOLSO pra sair e viver o sonho. Me forçaram a assistir calado porque sabiam que se eu falasse, ele se ferrava. Hoje tão colhendo os frutos — e fingindo que plantaram com amor.”
Ele complementa em respostas posteriores, detalhando a negociação. Às 00:40 de 25 de abril, zews esclarece: “Gente, entendo que pode parecer confuso pra quem tá de fora. Ninguém tá dizendo que a org não tem direito contratual — ela tem. O problema foi a forma como isso foi conduzido. A multa existia. Mas o acordo que foi feito forçou o jogador a pagar do próprio bolso — mesmo com uma org interessada e com recursos querendo ajudar.” Ele também destaca que não ataca a paiN como time ou seus torcedores, mas sim uma negociação específica que colocou “peso demais nas costas de um moleque que só queria jogar”.
Em outra resposta, às 00:42, zews detalha: “Sim, a multa existia. Não, a Liquid não recusou pagar. Não, não foi escolha do jogador. O que rolou foi um modelo de negociação que transferiu o custo parcial da multa pro próprio jogador, mesmo com proposta justa e estruturada na mesa. Isso não é sobre legalidade, é sobre ética na hora de lidar com o sonho de alguém.” Ele finaliza às 01:24, explicando que a proposta da Liquid era sólida, mas a paiN exigiu que Skullz assumisse parte da multa, e cláusulas contratuais o impediam de falar publicamente: “Eu só falei agora porque tô fora do sistema.”
A paiN Gaming, fundada em 2010, é uma potência no esports brasileiro, conhecida por sua equipe de CS2 (anteriormente CS:GO), que se destacou em torneios internacionais como a FiReLEAGUE Global Finals em 2023. Felipe “skullz” Medeiros, um jovem talento brasileiro, foi peça-chave na reestruturação da equipe em 2023, ajudando a solidificar a paiN como uma das melhores do Brasil, ao lado da FURIA. No entanto, seu desejo de jogar pela Team Liquid, uma organização norte-americana de elite, levou a uma negociação controversa em 2024.
Segundo a Dust2 Brasil, a multa de Skullz era de US$ 600 mil (R$ 3 milhões), um valor elevado que reflete a inflação no mercado brasileiro de esports. A Team Liquid, interessada no jogador, ofereceu uma proposta estruturada, mas a paiN exigiu que Skullz pagasse parte da multa com sua própria premiação, uma prática que zews considera antiética, especialmente por se tratar de um jovem jogador buscando realizar seu sonho internacional.
O post de zews gerou um debate acalorado no X, com opiniões divididas. Alguns usuários defenderam a paiN, enquanto outros criticaram a organização e apoiaram a visão de zews:
O debate reflete a tensão entre os interesses das organizações e os sonhos dos jogadores, com muitos fãs brasileiros divididos entre apoiar a paiN como empresa e concordar com zews sobre a necessidade de práticas mais éticas no mercado de transferências.
O caso de Skullz ocorre em um momento de transição no cenário de CS2 brasileiro. Como destacado por @contrariocs, organizações como paiN e FURIA, tradicionalmente dominantes, agora incluem jogadores internacionais em suas lineups, com rumores de que o jogador DGT pode se juntar à paiN. Isso levanta questões sobre a exportação de talentos brasileiros e a inflação no mercado, como apontado por @eomitas: “a multa do Insani é maior que jogador campeão de major pô, isso não existe kkkkkkkkkkkk.”
O mercado de esports no Brasil enfrenta desafios como a falta de regulamentação e sindicatos de jogadores, conforme reportado pelo Washington Post. Sem estruturas como as de esportes tradicionais (ex.: MLB), práticas contratuais podem ser predatórias, especialmente para jovens jogadores como Skullz, que enfrentam pressões financeiras e contratuais ao buscar oportunidades internacionais.
O debate iniciado por zews ressoou fortemente no Brasil, onde o CS2 vive um momento de alta com eventos como o PGL Major Copenhagen 2024, no qual FURIA e paiN representaram o país, mas não avançaram às finais, segundo a HLTV. A comunidade brasileira, apaixonada por esports, vê na crítica de zews um alerta para práticas que podem prejudicar jovens talentos. Muitos fãs no Discord e no X apoiam a ideia de maior transparência nas negociações, enquanto outros defendem que organizações como paiN, Fluxo e Legacy precisam proteger seus investimentos, especialmente em um mercado inflacionado.
Streamers e jogadores profissionais brasileiros, como @Gaules, mencionado indiretamente por @Knickfork, também entraram no debate, com Gaules sendo uma figura central no CS2 brasileiro. A controvérsia pode influenciar futuras negociações, pressionando organizações a adotarem práticas mais éticas, especialmente com o aumento de interesse no CS2 no Brasil.
Zews, agora fora do sistema competitivo, usa sua posição para expor práticas que podem prejudicar jovens jogadores, como Skullz, que enfrentam barreiras para alcançar o cenário internacional. A controvérsia destaca a necessidade de regulamentação no mercado de esports brasileiro, onde multas inflacionadas e contratos restritivos limitam a mobilidade dos atletas. O caso de Skullz não é isolado: outras organizações, como Sharks (citada por @Knickfork no caso de Niss1n), enfrentam críticas semelhantes, conforme reportado pela Dust2 Brasil.
Para os fãs brasileiros, o debate é uma oportunidade de refletir sobre o equilíbrio entre os interesses das organizações e os direitos dos jogadores, em um momento em que o CS2 cresce no país. A crítica de zews pode impulsionar mudanças, garantindo que futuros talentos não enfrentem as mesmas dificuldades.
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