Em uma decisão que altera fundamentalmente o caminho para o topo do Counter-Strike 2, a Valve anunciou o cancelamento dos Major Regional Qualifiers (MRQs), que seriam o novo sistema de qualificatórias abertas para os Majors. A mudança tem efeito imediato, começando com o próximo StarLadder Major de Budapeste 2025. Agora, as 32 vagas para o torneio mais importante do CS2 serão definidas diretamente através do Ranking da Valve (Valve Ranking System – VRS).
A medida representa uma das maiores mudanças filosóficas no cenário competitivo da franquia em anos, encerrando a era dos torneios qualificatórios abertos que muitas vezes serviram de palco para o surgimento de novas equipes e talentos.
Os MRQs foram propostos como uma evolução do antigo sistema de RMRs, com a intenção de criar um caminho mais aberto e unificado para o Major. No entanto, segundo o comunicado da Valve, a empresa acredita que seu novo sistema de ranking (VRS) já cumpre essa função de forma mais eficaz. A desenvolvedora considera que o ranking já integra e padroniza os eventos da comunidade ao longo do ano, tornando um processo de qualificação separado “desnecessário e disruptivo” para o calendário.
Em outras palavras, a Valve entende que o desempenho consistente das equipes em múltiplos torneios sancionados, que é refletido no VRS, é um indicador mais justo e preciso de mérito do que o desempenho em um único torneio qualificatório.
A decisão da Valve dividiu opiniões na comunidade global. Por um lado, há quem defenda que o novo sistema recompensa a consistência e o mérito a longo prazo, simplificando o calendário competitivo. Por outro lado, surgem grandes preocupações, especialmente para o cenário sul-americano e outras regiões emergentes.
O formato de qualificatórias abertas sempre foi a porta de entrada para equipes menores e novos talentos sonharem com uma vaga no Major. Times como a Imperial, em sua campanha histórica no Major de Antuérpia, e muitas outras equipes brasileiras, utilizaram os RMRs para provar seu valor contra gigantes internacionais. Sem essa oportunidade direta, o caminho para o topo se torna mais íngreme, exigindo convites para torneios internacionais que são mais difíceis de obter para equipes sem grande renome ou organização por trás.
Resta saber como a Valve irá equilibrar seu ranking para garantir que equipes da América do Sul e de outras regiões tenham chances justas de acumular pontos e não fiquem isoladas do circuito principal. Acompanhe as últimas notícias do cenário no HLTV.org.
Essa mudança é um divisor de águas. O que você acha? É o fim das zebras e do sonho para as equipes brasileiras? Ou um sistema mais justo que recompensa a excelência? Deixe sua opinião nos comentários e fique ligado no Battlehub para mais análises do mundo dos esports!